Resumo:
Os professores de Biologia possuem dificuldade ao ministrar aulas atrativas desses conteúdos. Dessa forma, este trabalho tem por objetivo analisar os métodos de ensino de Botânica empregados pelos professores de Biologia do Ensino Médio de Parnaíba-PI. A pesquisa foi realizada em três escolas públicas da zona urbana de Parnaíba. Para obtenção de dados foram aplicados questionários semi-estruturados com estudantes e professores. A análise dos resultados ocorreu de forma subjetiva, interpretando as respostas dos discentes e docentes. A pesquisa teve inicio apenas após a aprovação do Conselho de Ética em Pesquisa. Dos três professores participantes, um professor relatou que repassa ao estudante somente de forma expositiva. Outros dois disseram fazer uso de figuras ou o próprio exemplar. Dos 36 alunos participantes, 77,8% revelaram gostar dos conteúdos, 16,8% não gostaram e 5,5% não responderam. Quando questionados sobre os métodos utilizados pelos professores, 47,4% disseram que foi utilizado somente livro, 44,4% relataram outros métodos e 8,2% não responderam. Os professores, questionados sobre quais assuntos acham mais difíceis, citaram fisiologia e histologia, com 33,3% de citação. Entre estudantes, 49,9% não citaram nenhum assunto que não tenham gostado, 16,5% não responderam e os assuntos mais citados foram evolução das plantas, morfologia e taxonomia vegetal, todos com 5,6% de citação. Conclui-se que os professores têm buscado inovar em suas aulas com a presença de recursos como datashows, jogos e até espécimes, porém é notório que a “cegueira botânica” (incapacidade de reconhecer a importância das plantas para a vida, dando-lhe apenas o papel de plano de fundo para a vida animal) continua presente. Isso pode ocorrer porque mesmo que os professores busquem novos métodos, ainda estão focados na memorização do tema.