Resumo:
"A prática de utilizar espécies vegetais para obtenção da cura ou amenização de agravos, faz
parte da história da civilização. Dessa forma, as plantas medicinais são fundamentais fontes no desenvolvimento de fitoterápicos, visto que contribuem também para a investigação de princípios ativos que atuam em novos fármacos. A família da Solanaceae, compreende as plantas lenhosas, facilmente encontrada nas regiões neotropical, geralmente são arbustos com até três metros de altura. A Solanum paniculatum L., popularmente conhecida como jurubeba verdadeira, se destaca por ser citada, em estudos etnobotânicos, por diferentes populações que relatam o uso dessa espécie no tratamento de algumas patologias e assim apresentando um provável potencial como fitoterápico. O nosso trabalho objetivou a realização de estudos fitoquímicos da espécie S. paniculatum. O trabalho consiste em uma pesquisa explicativa, experimental, e para tanto, foi realizada a coleta e a identificação do material botânico, levantamento bibliográfico da espécie estudada, obtenção dos extratos e identificação química das classes de metabólitos secundários, através de teste e reações específicas para cada classe de metabólitos em uma análise fitoquímica preliminar, bem como o fracionamento dos extratos por cromatografia em coluna aberta em sílicagel-60 e eluentes com diferentes de polaridade. A análise fitoquímica preliminar evidencia a presença de saponinas, antraquinonas, cumarinas, flavonóides, alcalóides e taninos, compostos que segundo a literatura, apresentam potencial para uso terapêutico de ação anti-inflamatórias, antifúngicas, antipsoriática, antivirais, antioxidantes à antitumoral. O estudo fitoquímico do extrato hexânico das folhas de S. paniculatum resultou no isolamento do esteróide estigmast-7,22-dien-3-ol, conhecido também como espinasterol."