O presente trabalho analisa aspectos da sociedade contemporânea que vem buscando encontrar um destino certo ao lixo produzido. Programas que incentivam a reciclagem e a consciência ambiental são frequentemente vistos em anúncio de TV e jornal, entretanto o que essas propagandas não destacam é que existem grupos de trabalhadores que sobrevivem do lixo descartado, buscando dar um novo significado a esse lixo através do processo de reciclagem e dessa formar garantir o sustento para sua família. Por conta disso o trabalho analisa a realidade social dos catadores de material reciclável da cidade de Parnaíba-PI entre os anos de 2000 a 2017, buscado explicar as dificuldades encaradas por esse grupo de seres humanos em seu cotidiano e como, mesmo com a regulamentação da profissão eles ainda sofrem com o descaso do poder público e com preconceitos da sociedade que os veem como parte do lixo. Também examina as transformações nas legislações ambientais que se iniciaram no século XX e prosseguiram durante o XXI, e quais os impactos dessas leis na vida dos catadores e na realidade dos lixões. A pesquisa teve como fonte fundamental os relatos orais dos catadores obtidos através de entrevistas realizadas com os catadores no aterro sanitário de Parnaíba, e através desses relatos e dos embasamentos teórico sobre memória e história oral de autores como Alessandro Potelli (2001) e Pierre Nora (1993) procuramos descrever as transformações ocorridas no local e na vida dos catadores ao longo dos anos.

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