Resumo:
A presente pesquisa objetiva expor como se deu a assistência psiquiátrica a algumas mulheres atendidas pela ala psiquiátrica na Santa Casa de Misericórdia de Parnafba-Piauí, no período de novembro 1995 e agosto / setembro de 1996. Onde se mostrará a realidade das pessoas com sofrimento psíquico na cidade de Parnaíba antes da instalação de um atendimento psiquiátrico no hospital e depois da criação desse espaço para a psiquiatria na instituição, o modo como a instituição prega a ação para normalizar os que não se enquadram nos perfis da sociedade, a repercussão desse espaço institucional na cidade e a trajetória que percorreram depois da internação através do espaço a elas destinado em suas próprias casas: os seus mimi manicômios particulares. A categoria de gênero permeia o trabalho, devido às relações entre as mulheres que foram internadas na psiquiatria, manifestarem seus conflitos na relação direta com o masculino, algo que fora visto nas entrevistas a cada família, através da metodologia da História Oral, na medida em que algumas mulheres com sofrimento psíquico concederam entrevistas e seus familiares também, no intuito de se ter acesso ao que se passou no período do internamento. Percebeu-se então na experiência dessas mulheres que mesmo ao longo de 15 e 14 anos a Santa Casa de Misericórdia, ainda permanece com a internação em seus leitos, configurando um espaço de reclusão aos internos que são controlados e com a recuperação retornam para casa, tornando um círculo vicioso, sem uma estabilidade frente à loucura na região.
Descrição:
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