Resumo:
Este trabalho trata de reflexões acerca da história, historiografia e memória indígena no Piauí, a partir de 1950 até 2016. Tem como objeto de estudo o caso de Pedro Militão que se reivindica quanto remanescente indígena e de sua família, moradores do povoado Saquim, localizado em Ilha Grande do Piauí, que lutam desde 2007 pela legalização do local, contra um empreendimento turístico que pretende se instalar nas cidades de Ilha Grande do Piauí e Parnaíba, para a construção de um grande resort, que irá atingi-los diretamente. A partir deste objeto de estudo procuramos compreender as representações que a historiografia tradicional piauiense produziu na história do Piauí, a partir da década de 1950, acerca dos povos indígenas, onde se sedimentou um discurso de inexistência indígena no estado. Contrario a realidade presente no Piauí, onde se constata a luta e resistência de remanescentes indígenas pelos seus direitos básicos de sobrevivência, como a terra. Revelando assim a exclusão dos povos indígenas pela a historiografia tradicional piauiense na história do estado, reservando-os apenas ao discurso de extermínio. Utilizamos como fio condutor metodológico para a nossa pesquisa em história, o diálogo com as “memórias compartilhadas” Portelli (1997), a história oral e consultas bibliografias, blogs, sites, leis, documentos, entre outros, onde tentamos compreender a realidade de resistência indígena no estado do Piauí.
Descrição:
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